quarta-feira, 29 de junho de 2011

A D. Ermelinda



Recebi na minha caixa de correio electrónico esta pequena história.

Num tribunal de uma pequena cidade, o advogado de acusação chamou a sua primeira testemunha, uma avó de idade avançada.

Aproximou-se da testemunha e perguntou:

- D. Ermelinda, a senhora conhece-me?

- Claro. Conheço-te desde pequenino e francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente a todo o mundo, enganas a tua mulher com a  secretária, ainda fizeste um filho na tua cunhada, e deste-lhe dinheiro para se livrar da barriga, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade quando não tens sequer inteligência suficiente para ser varredor. É claro que te conheço. Se conheço...

O advogado ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco, apontou para o outro extremo da sala e perguntou:

- D. Ermelinda, conhece o defensor oficioso?

- Claro que sim. Também o conheço desde a infância. É frouxo, não tem tomates para manter a mulher na linha, ela anda a fornicar com os empregados da casa, o motorista, o jardineiro e até o carteiro dorme com ela, todo o mundo sabe, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de advogado, bem... é um dos piores profissionais que conheço. Não me esqueço também de referir que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua própria mulher.
Sim, também o conheço. E muito bem.

O defensor, ficou em estado de choque.

Então, o Juiz pediu a ambos os advogados que se aproximassem do estrado e com uma voz muito baixa, diz-lhes:

-Se algum dos dois perguntar ao raio da velha se me conhece, juro-vos que vão todos presos.

Entretanto, já mandei perguntar à D. Ermelinda se conhece o Prior do Crato.

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